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sábado, 22 de outubro de 2011

Não se aflija

Não se aflija, caso tenha buscado algumas postagens aqui e não as encontrou...elas foram movidas para o blog exclusivo da mascotinha querida. Basta ir lá pra achar...a URL é meio óbvia...rs.

domingo, 7 de agosto de 2011

Olhar de “quero mais”…

Aquele brilho de quero mais me surge num olhar, acompanhado por braços e mãos seguros daquilo que desejam em um ondular frenético de carícias doces e esperançosas...ela quer mais! Porém, mais do que? Ou seria a pergunta, o que mais? E escondido por trás de meu próprio consciente se insinua franca resposta, ao mesmo tempo em que o subconsciente tenta fugir para as sombras, um lugar onde a dor da decisão, ou nomeie-se crise existencial em formação de raízes, não aflijam em tom de tamanha severidade um coração confuso, uma alma amedrontada, um ser sem destino.

E essa doce criatura merece mais, pois se entrega a cada gesto suplicante de carinho, de atenção, de sentimento...nada mais do que sentimento, não pede mais que isso em troca. Não pressiona com palavras pesadas de crítica, não julga com olhares impiedosos, apenas oferece aquilo que ainda não consigo entregar por inteiro: um coração despedaçado, cansado, vazio por vocação ou por desígnios do passado... Tão somente quero ver seu sorriso, sua felicidade nos momentos simples como nos mais mirabolantes de noites acobertadas pelo toque de peles buscando por calor e satisfação de instintos primários.

Tão somente quero sua plenitude recheada de boas lembranças em fase de criação. Tão somente quero afastar-lhe qualquer angústia ou falta de esperança por um futuro límpido de frutos a serem colhidos. Tão somente desejo-lhe que não falte amor, mesmo sem saber ser capaz de provê-lo como deveria...

Assim, noite após noite de voluptuosas encenações de luxúria, momento após momento de cuidados simples e essenciais, passada a pureza de instantes breves com palavras e abraços cúmplices, outra vez parte-se meu coração, há tanto debilitado, agora pela incerteza dos passos que deveriam seguir caminho à frente...

domingo, 3 de abril de 2011

Minha Dor, Meu Amor

Há momentos graves na noite em que me pergunto com seriedade: O que estou buscando nessa vida?! A resposta é enganosamente simples, pois todos julgam estar buscando felicidade. Mas, temo, alguma parte do tempo, estar enganado. Temo que alguns poucos, ao invés do sorriso, alimentem-se de lágrimas, por algum desconhecido motivo.

Quantas pessoas por aí assistem filmes de drama, esforçando-se por verter cada gota húmida que puderem fazer rolar por suas faces suspirantes?! Quantos optam por lembrar dos momentos de angústia, ao invés de vivenciar os sabores do êxtase?! Sim, caros amigos, alguns de nós buscam a dor, por razões que nem bem compreendemos. 

Talvez o façamos para sentir algo em nosso peito, quando estamos em falta de sorrisos sinceros e generosos. Talvez o façamos para preencher com algo nossa alma vazia. Talvez o façamos por acharmos merecer mais essa dor do que o riso. Talvez o façamos porque nos identificamos mais com a sensação de rasgarnos o peito, do que com o exercício da alegria.

sábado, 2 de abril de 2011

Momentos de Apatia Abismal

Você olha para baixo...e o abismo te olha de volta. Porém, não é somente o olho da escuridão do abismo a te observar lá do fundo, e sim um reflexo enegrecido de sua própria imagem refletida na penumbra abissal. Esse, infelizmente, é o mundo dos realistas (nem sempre fatalistas), tão diferente daquele dos otimistas, dos lutadores, dos bravos.

Os realistas cético-racionalistas têm problemas, especialmente quando são do tipo fraco, que se perde no universo das possibilidades sem ter forças para transformar pensamento em ação, sem coragem para encarar o mundo de frente, sem ânimo para enxergar alguma luz, ou mesmo um fim de túnel.

Há momentos em que nos sentimos impotentes, pressionados contra o tempo, duvidando piamente de nossas capacidades, duvidando de nosso merecimento. Há tempos de crises, algumas delas um pouco além de nossas forças (ou aparentemente além delas, sob nossa ótica distorcida), seja uma grande crise financeira, uma crise familiar ou amorosa, ou profissional, ou existencial, ou todas juntas ao mesmo tempo. E, para apimentar um pouco as coisas, o fator tempo é alarmante, pois os problemas pressionam por soluções para ontem, não te deixando enxergar claramente o hoje, te fazendo sentir somente tormentas e calamidades no futuro.

sexta-feira, 25 de março de 2011

O medo dos relacionamentos

E aqui vamos nós com mais uma história de ônibus! Me pergunto quanto tempo tenho passado dentro deles para ter tantas histórias e pensamentos assim. Vai ver que é por estarmos gastando tempo ocioso dentro deles, sem muito o que fazer, em grande parte do tempo. Enfim, vamos ao quê interessa, apesar de que grande parte do que eu havia pensado no momento em que tudo ocorreu já se dissipou em minha mente ocupada com tanto pra pensar, preocupar-se, e assim por diante...

Lá estava eu, voltando para casa após um dia de trabalho, ao meio de uma noite sem muito o que chamar a atenção dos olhos. Havia terminado meu livro, sentindo aquela típica tristeza de quando acabamos de ler uma história pela qual estávamos cativados. Sem ter o que fazer, meus olhos vagavam entre os brilhos na escuridão janela afora e a diversidade humana dentro do transporte público em que me localizava, sentado.

Perdido em pensamentos, de repente noto uma garota ao celular. Ela me chama a atenção por diversos motivos. Primeiro, reconheço aquele rosto, aquele corpo de alguma outra noite de retorno do trabalho no referido coletivo. Segundo, ela é uma garota interessante, de rosto delicado, bonito, estatura relativamente baixa, corpo parrudo mas firme, de volumes generosos em toda sua dimensão, o que faria muitos classificarem-na como uma baixinha gatinha e gostosona. Terceiro, a expressão de seu rosto não estava das melhores. Ela parecia soluçar (de choro) ao falar no celular. Aquilo me chamou a atenção ainda mais.

Pôr-do-sol na rodovia

Mais uma vez, fim de tarde, o rapaz aqui correndo para pegar o ônibus pro trabalho, mas dessa vez com alguma sobra de tempo. Meio distraído pelo caminho, sem pensar em nada muito específico, apenas absorto em diversos pensamentos que se diluíam para dar espaço a outros, num ciclo interminável... Tanta coisa para pensar: vida, amores, amigos, família, trabalho, contas a pagar, trânsito, mais contas a pagar, diversos problemas a resolver...

Ao chegar ao ponto de ônibus, tentando olhar ao longe, buscando identificar a possibilidade de meu ônibus estar a caminho, desvio meu olhar, aleatoriamente, e me deparo com uma nuvem. No entanto, não era uma nuvem branca de céu azul, nem mesmo uma nuvem negra anunciando chuva. Era uma nuvem brilhante, branca, cinza, com uma ponta de um dourado resplandescente de um sol que se escondia por trás dela. Algo despertou dentro de mim, ali parado à beira da rua, algo tênue, intangível, fulgaz... Minha primeira reação foi pegar o celular para tirar uma foto daquela prova de um interessante entardecer, mesmo sabendo que as lentes simples da câmera não captariam a imagem com a mesma riqueza captada por meus olhos, ainda menos se comparada ao que enxergava minha alma!

quarta-feira, 23 de março de 2011

Lágrimas no ônibus

E aqui seguem os relatos de mais um dia em minha vida (que é o que decidi fazer com esse blog daqui por diante!)...

Hoje estava indo para o trabalho, no início da noite, como faço às terças-feiras, me preparando para dar aulas para dois grupos bacanas de alunos. Como dita a Lei de Murphy, perdi meu ônibus, que passava logo que eu avistei o ponto de ônibus. Resolvi esperar pelo próximo, mesmo sabendo que iria demorar naquele horário. Depois de cerca de 30 minutos, consegui entrar no infeliz do ônibus, relativamente cheio, onde me espremi num canto, próximo à porta. Acabei por ficar de costas para a direção em que ia o veículo e, coincidentemente, logo de cara para uma menina que sentava na fileira seguinte de bancos, cujo decote era, digamos, bastante interessante. OK, sei que isso parece um comentário tipicamente masculino, etc e tal, mas fazer o quê, não é mesmo?! Sou solteiro, desinpedido, com os hormônios ativos como em qualquer outro homem jovem (ok, nem tão jovem assim). Enfim, a garota não era tão bonita...era graciosa, relativamente magra, de aparelhos nos dentes, olhos azuis ou verdes, se não me engano. Ela conversava com a amiga que estava sentada com ela, e ria, ria bastante. Mas, o decote me chamou a atenção, pois sua blusa era justa e ela aparentava ter seios belos, proporcionais, apesar de generosos para sua silhueta esguia.