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domingo, 7 de agosto de 2011

Olhar de “quero mais”…

Aquele brilho de quero mais me surge num olhar, acompanhado por braços e mãos seguros daquilo que desejam em um ondular frenético de carícias doces e esperançosas...ela quer mais! Porém, mais do que? Ou seria a pergunta, o que mais? E escondido por trás de meu próprio consciente se insinua franca resposta, ao mesmo tempo em que o subconsciente tenta fugir para as sombras, um lugar onde a dor da decisão, ou nomeie-se crise existencial em formação de raízes, não aflijam em tom de tamanha severidade um coração confuso, uma alma amedrontada, um ser sem destino.

E essa doce criatura merece mais, pois se entrega a cada gesto suplicante de carinho, de atenção, de sentimento...nada mais do que sentimento, não pede mais que isso em troca. Não pressiona com palavras pesadas de crítica, não julga com olhares impiedosos, apenas oferece aquilo que ainda não consigo entregar por inteiro: um coração despedaçado, cansado, vazio por vocação ou por desígnios do passado... Tão somente quero ver seu sorriso, sua felicidade nos momentos simples como nos mais mirabolantes de noites acobertadas pelo toque de peles buscando por calor e satisfação de instintos primários.

Tão somente quero sua plenitude recheada de boas lembranças em fase de criação. Tão somente quero afastar-lhe qualquer angústia ou falta de esperança por um futuro límpido de frutos a serem colhidos. Tão somente desejo-lhe que não falte amor, mesmo sem saber ser capaz de provê-lo como deveria...

Assim, noite após noite de voluptuosas encenações de luxúria, momento após momento de cuidados simples e essenciais, passada a pureza de instantes breves com palavras e abraços cúmplices, outra vez parte-se meu coração, há tanto debilitado, agora pela incerteza dos passos que deveriam seguir caminho à frente...

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